O acabamento escolhido para o piso é importante tanto para a saúde e o bem-estar do pet quanto para a manutenção e a limpeza da casa
Adotar um pet não é tão simples quanto parece. É necessário avaliar se o lar preenche todos os requisitos para receber o novo companheiro. Um desses detalhes é o revestimento usado no piso da casa. Para nós, pode ser apenas uma questão estética, mas a escolha tem um impacto direto na aderência de patas e garras e, conseqüentemente, na saúde e no bem-estar de cães e gatos.
Conversamos com a médica veterinária Camila Matias, do hospital veterinário Pet Care, para saber quais são os melhores pisos para quem tem pet.
Cães
Para lares com caninos, a recomendação da profissional são os pisos menos escorregadios, como porcelanatos acetinados, vinílicos, entre outros. Isso porque eles proporcionam bem-estar aos cães e ainda oferecem facilidade na limpeza, para quando os animais fizerem suas necessidades.
“Pisos escorregadios, como porcelanatos polidos e laminados, são prejudiciais no sentido de fazer o animal cair e escorregar com uma frequência maior”, explica Camila. “Isso pode piorar alguns problemas e traumas já existentes, como animais idosos, que, frequentemente, têm doenças osteoarticulares e problemas de coluna.” Pedras, gramas e revestimentos mais ásperos são indicados também para áreas externas com cães.
Gatos
Com suas garras, os felinos demandam um revestimento resistente para o piso. “Os melhores são os vinílicos, pois são mais confortáveis para as patinhas, não são tão escorregadios e também são mais resistentes a arranhões”, afirma.
No quesito saúde, gatos não têm tantos problemas quanto cães. “Não acredito que exista algum piso que prejudique diretamente a saúde deles”, comenta. “Mas a melhor alternativa, a princípio, é seguir a linha de pensamento de quanto menos escorregadio melhor.”
Dicas
Para quem não tem o piso ideal em casa, a profissional cita algumas alternativas: tapetes antiderrapantes, palmilhas em pontos estratégicos da casa e produtos para deixar o piso menos escorregadio. Outra dica é colocar rampas ou escadas em locais mais altos, como sofás e camas. “O ato de pular ou levantar faz com que eles escorreguem mais facilmente.”
Segundo a veterinária, uma parte da casa que merece atenção é a escada. “Queda de escada é algo muito frequente e os animais podem se fraturar.” Para isso, há faixas ásperas de sinalização para cada degrau.
Por fim, Camila acrescenta: “Para que os pets escorreguem menos, uma recomendação é manter as unhas sempre cortadas, pois isso diminui o atrito e a probabilidade de um escorregão”. Vale também cortar os pelos entre os dedos das patas. Se não souber, o indicado é levá-los a um estabelecimento de tosa e higiene que seja capacitado para cuidar do seu pet.
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